26 outubro, 2011

Que Deus...



Que Deus te cuide com carinho, que te indique o melhor caminho, que te ensine sobre o verdadeiro amor, que te perdoe quando preciso for.

Que Deus te dê asas para voar, nos sonhos te ajude a pousar mas, também, te mostre a realidade que terás que enfrentar sem nunca, por nada, recuar.

Que Deus te dê forças para encarar tudo aquilo que não tens como mudar ou sequer adulterar.

Que Deus te dê saúde, que teu corpo, por dentro, nunca mude e que ao envelhecer tu possas dizer que tua maior felicidade foi viver.

Que Deus te mostre com clareza a grande e real beleza de um jardim florido, de um bom livro, de uma poesia que fale de saudade, de uma calma paisagem.

Que Deus te faça compreender porque amanhece antes de anoitecer, porque o sol se esconde quando a lua quer brilhar e porque o sol brilha quando ela vai descansar.

Que Deus te faça ver que no sorriso de uma criança mora toda a esperança que tanto precisas pra viver.

Que Deus faça de ti um ser sensível, que seja capaz de chorar sem jamais se envergonhar

Que Deus possa te mostrar que cada onda do mar devolve tudo que ousa levar, afinal não tem intenção de roubar o que em terra deve ficar.

Que Deus te ensine sobre a dignidade, sobre a força e a fragilidade, sobre a coragem e a honestidade.

Que Deus te ofereça amigos verdadeiros e que tu saibas cultivar cada amizade que em tua vida Ele plantar.

Que Deus te ensine a fé, que te faça crer em Jesus, e que te permita aceitar que por pior que seja a cruz que tenhas que carregar com o peso que teve a Dele nunca será.

Que você perceba isso SEMPRE!

Um jovem...



Um jovem muito rico foi encontrar-se com um rabino, e lhe pediu um conselho para orientar a vida.

Este o conduziu até a janela:

- O que vês através dos vidros?
- Vejo homens passando, e um cego pedindo esmolas na rua.

Então o rabino mostrou-lhe um grande espelho:

- E agora, o que vês?
- Vejo-me a mim mesmo.
- E já não vês os outros!

Repara que a janela e o espelho são ambos feitos da mesma matéria prima: o vidro.

Mas no espelho, porque há uma fina camada de prata colada a vidro, enxergas apenas a ti mesmo.

Deves comparar-te a estas duas espécies de vidro.

Pobre, prestavas atenção aos outros e tinhas compaixão por eles.

Coberto de prata – rico – só consegues admirar teu próprio reflexo...

Rugas Irretocáveis


Tenho cabelos loiros pintados, para esconder os fios brancos.

Não me lembro exatamente em que ano eles começaram a branquear.

Tenho algumas rugas em volta dos olhos, mas também não me recordo quando elas começaram a aparecer.

Tento disfarçá-las, tantas novidades no campo da dermatologia, achei por bem aproveitá-las.

Do corpo não cuido quase, só recentemente entrei para uma academia por ordem médica.

Ele me disse que na minha idade preciso de exercícios.

Mas, falto mais do que vou, não gosto de fazer ginástica...

Das minhas unhas cuido semanalmente, penso que elas são uma porta de visita.

Unhas maltratadas causam uma péssima impressão.

De uns dois anos pra cá descobri os cremes, ai compro um aqui outro ali e no final não uso.

Porém, só de olhá-los na prateleira, percebo que as rugas se retraem.

Mantenho a vaidade, entretanto não em excesso, penso que na medida certa para uma mulher...

Enfim os anos passam e as marcas que eles deixam em nós, não temos como conter.

Nem pretendo isso.

Penso que cada marca que meu corpo carrega, tem uma linda história.

Às vezes me pego na frente do espelho, vejo uma nova pequena ruga e já me coloco a calcular o que a causou.

Depois reencontro com outra que já está lá vincada há anos e me recordo quando ela apareceu.

Poderia enumerar também a história de cada fio de cabelo branco.

Foram pais, filhos, marido, amigos… que colocaram ali.

Não quero me desfazer de nenhuma dessas marcas, apenas amenizá-las.

Mereço isso. A vida me deve isso.

Hoje a parte que merece mais a minha atenção, tem sido a cabeça.

Tento, todos os dias, colocá-la no lugar, equilibrá-la, alimentá-la com sonhos e alegrias.

Corpo e mente caminham juntos.

Se um estiver em estado lastimável, o outro provavelmente vai se deteriorar.

Não escondo minha idade.

Não adiantaria falar que tenho trinta e cinco e apresentar uma filha de vinte e cinco.

Portanto confesso:

Tenho quarenta e oito anos.

Metade deles bem vividos, a outra metade muito sofridos...

É aí que está o encanto da minha idade.

Conheci de tudo um pouco, das lágrimas aos sorrisos e ambos me fizeram ser essa pessoa que sou agora.

Ficaram as rugas no rosto e na alma, contudo ficaram sorrisos em ambos.

Minhas rugas mais bonitas são aquelas marcas de expressão que eu adquiri de tanto sorrir, muitas vezes quando o coração chorava.

Às vezes ...






“Às vezes o amor que se dá pesa, quase como uma responsabilidade na pessoa que o recebe.
Eu tenho essa tendência geral para exagerar, e resolvi tentar não exigir dos outros senão o mínimo.
É uma forma de paz…”


Diz uma lenda...



Diz uma lenda arabe que dois amigos viajavam pelo deserto e em um determinado ponto da viagem discutiram.

Um esbofeteou o outro.

O ofendido, sem nada a dizer, escreveu na areia:

HOJE, MEU MELHOR AMIGO ME BATEU NO ROSTO.

Seguiram viagem e chegaram a um oasis, onde resolveram tomar banho.


O que havia sido esbofeteado começou a afogar-se sendo salvo pelo amigo.

Ao recuperar-se pegou um estilete e escreveu numa pedra:

HOJE, MEU MELHOR AMIGO SALVOU-ME A VIDA.

Intrigado, o amigo perguntou:

-Por que depois que te bati, tu escreveste na areia e agora escreves na pedra?

Sorrindo, o outro amigo respondeu:

-Quando um grande amigo nos ofende, devemos escrever na areia, onde o vento do esquecimento e do perdão se encarrega de apagar, porem quando nos faz algo grandioso, devemos gravar na pedra da memoria do coração, onde vento nenhum do mundo podera apagar ..."

Autor Desconhecido

Já...




Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo.

Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.

Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.

Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.

Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.

Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.

Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.

Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.

Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.

Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.

Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.

Já tive crises de riso quando não podia.

Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.

Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.

Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.

Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.

Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.

Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.

Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.

Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".

Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.

Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.

Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.

Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.

Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.

Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.

Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!

Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!

Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.

Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!

Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.

Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.

Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:

- E daí? EU ADORO VOAR!

Clarice Lispector